Muita gente acha que o significado da palavra criticar é apenas falar mal. Tem gente que adora passar os dias criticando o cabelo daquela atriz, a roupa daquela outra, os atos inescrupulosos dos bandidos, a ladroagem dos políticos e o trabalho do técnico do time. A crença do início acaba justificada, portanto.
A própria crítica literária tem uma tradição em “falar mal” de obras e autores; foi assim que surgiu a figura do crítico literário odiado por todos e tão bem retratado por Michel Laub em seu decálogo do crítico literário. Muitos dos mais consagrados autores foram alvos da crítica, foram alvo do falar mal, de seu tempo — um caso conhecido é o conflito entre Machado de Assis e Eça de Queirós, no qual o nosso Bruxo do Cosme Velho critica severamente o português autor de O Primo Basílio.
Até aqui ainda estávamos no âmbito da crítica literária. Mas e a outra, a crítica como forma de insulto, a crítica no sentido de gostar ou não gostar, sem qualquer tipo de argumento? Essa também existe e é bem mais frequente — afinal, hoje em dia são poucos os corajosos que se aventuram pelos meandros da crítica literária formal.
Encontrei no site Alternative Reel uma lista com 10 insultos feitos por grandes escritores a outros. Casos memoráveis em que personalidades titânicas como as de Truman Capote, Ernest Hemingway, Jack Kerouac, Virginia Woolf, e várias outras entraram em conflito. A lista está logo abaixo com fotos diferentes daquelas do site e traduções livres feitas por mim (se alguém tiver traduções melhores, fique à vontade para corrigir. Obrigado à Carolina Lueders por ótimas observações sobre as traduções).
Aproveito para deixar uma dica que vai ajudar você a evitar constrangimentos ao criticar (falar mal ou bem) de alguma coisa: Como escrever argumentos fortes
0 comentários